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25 de Abril de 2024
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    Zelito Viana: Não tinha essa de ser alienado, o cara alienado era de direita mesmo

    Publicado por Última Instância
    há 11 anos

    Músico frustrado e engenheiro por formação, Zelito Viana, cearense radicado no Rio de Janeiro, entrou no cinema no susto. Insatisfeito com sua carreira na metalurgia, Zelito cruzou certa vez com o amigo Leon Hirszman, velho colega da turma de Engenharia e que já dava as caras na indústria cinematográfica. Do reencontro, surgiu o convite para mudar de ofício, mas não sem algumas ponderações: eu não era do cinema, ia fazer o quê lá?. Rápido, o amigo Leon já tinha a solução: você sabe fazer conta, vai ser produtor. E assim foi produtor.

    Essa foi a entrada de José Viana de Oliveira Paula, hoje com 74 anos, no cinema nacional. Circulando no meio, não tardou para que conhecesse Glauber Rocha e fundasse com o cineasta a Mapa Filmes, em 1965. A empresa, que Zelito dirige até hoje, produziu filmes marcantes do cinema brasileiro como Terra em Transe (1966), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1968) e Cabeças cortadas (1970). Zelito também trabalhou ao lado de Walter Lima Jr. (Menino de engenho, 1965), Cacá Diegues (A grande cidade, 1966), Eduardo Coutinho (Cabra marcado para morrer, 1967) entre outros.

    Sem querer, o novo produtor, que deixou de lado a engenharia, acabou por participar intensamente de um dos maiores movimentos culturais brasileiros, o Cinema Novo.

    Da arte engajada, característica seminal do movimento, Zelito descobriu-se cineasta. Com a experiência adquirida, iniciou a busca por uma produção de traços próprios e, como diretor, lançou, posteriormente, diversos títulos: Terra dos índios (1978), Avaeté, semente da vingança (1984) e JK, bela noite para voar (2009).

    Os encontros de Zelito não se restringem ao cinema. Nascido em Fortaleza em uma casa da qual provavelmente emanava arte , Zelito foi criado por uma mãe pianista com ouvido absoluto e cresceu ao lado de dois futuros artistas: a irmã, Lupe Gigliotti, militou no teatro brasileiro; e o irmão, o humorista Chico Anysio, foi criador de incontáveis personagens memoráveis na televisão.

    Em entrevista exclusiva ao Última Instância, Zelito Viana dividiu lembranças de sua vida no Cinema Novo e comentou sobre a função social da sétima arte. Embora avalie que foram os anos sessenta os mais marcantes para sua vida, o cineasta reconheceu o papel que a década anterior teve em sua juventude e conta como esses anos influenciaram sua trajetória.

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