Julgamento sobre aborto de fetos anencéfalos divide opinião de especialistas
O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma na próxima quarta-feira (11/4) a votação que decidirá se mulheres podem interromper a gestação de fetos anencéfalos. O julgamento, um dos últimos temas de grande repercussão analisados pelo Supremo na gestão do presidente Cezar Peluso, divide a opinião de especialistas da área da saúde.
A Corte irá analisar ação ajuizada em 2004 pela CNTS (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde), que pede a descriminalização do aborto nesses casos. A entidade defende que exista ofensa à dignidade humana da mãe, uma vez que ela é obrigada a carregar no ventre um feto com poucas chances de sobreviver depois do parto.
Obstetras e geneticistas favoráveis à prática argumentam que, nos casos em que o feto é diagnosticado com anencefalia, um tipo de malformação rara no tubo neural, a morte do bebê é considerada certa e os ricos para a mulher aumentam à medida que a gravidez é levada adiante.
Por outro lado, pediatras e obstetras contrários à interrupção da gestação afirmam que fetos anencéfalos devem ser tratados como pacientes de alta gravidade e a baixa expectativa de vida não deve limitar os direitos dessas crianças. Para eles, o sofrimento dos pais não justifica a interrupção da gravidez.
Para o médico e professor de ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Thomaz Gollop, a frequência de casos de anencéfalos no país é de cerca de 1 em cada 700 nas...
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